Abstract

O objetivo deste artigo é analisar o neotomismo no Círculo de Estudos Bandeirantes entre 1930 e 1950. O CEB era um centro de estudos e de encontro da intelectualidade católica curitibana. Inconformados com a modernidade daqueles anos e seus efeitos no campo da cultura, do pensamento e da religião, os cebistas expressam sua crítica embasados na filosofia tomista. Eles estavam percebendo que a dinâmica liberal moderna não se coadunava com o ethos cristão católico. O liberalismo, apoiado na secularização e no laicismo, implantou uma nova ordem e um novo ethos, produziu uma modernidade medíocre, anárquica e sem sentido. É contra essa modernidade que solapou a religião e a tradição católica como referenciais e guias da sociedade que os cebistas levantam sua voz nas reuniões no CEB. É no tomismo que eles vão buscar elementos para dialogar com a modernidade e restaurar os valores cristãos. O texto está estruturado em quatro seções: 1. O Círculo de Estudos Bandeirantes e o Neotomismo; 2. Modernidade medíocre e anárquica; 3. Secularização, laicismo e laicidade; 4. Ordem, ethos, cultura moderna e perda de sentido.

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