Abstract

Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869) é um lagostim de água doce endêmico da região meridional brasileira, ocorrendo nas bacias que formam o estuário do Guaíba, na depressão central do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste estudo é descrever e ilustrar a morfologia externa e a distribuição dos diferentes tipos de setas nos apêndices de exemplares adultos de P. brasiliensis. Em laboratório, os exemplares foram dissecados e detalhes da organização morfológica foram descritos e ilustrados com auxílio de câmara clara adaptada ao estereomicroscópio. Microscopia eletrônica de varredura foi utilizada para um melhor detalhamento no estudo das setas. Os resultados obtidos foram comparados com outras espécies de lagostins e com estágios juvenis de P. brasiliensis. Os tipos de setas e o padrão de distribuição observados são similares ao encontrado em Austropotamobius pallipes (Lereboullet, 1858). Diferenças foram encontradas no basipodito e no coxopodito do primeiro maxilípodo e na primeira maxila de P. brasiliensis, onde setas serradas são substituídas por formas plumodenticuladas e multidenticuladas.

Highlights

  • HUXLEY (1879) descreveu as antenas como principal órgão táctil em lagostins

  • BAUER (1989) revisou a morfologia funcional dos apêndices raspadores de crustáceos decápodos e HOLDICH (2002) estudou a morfologia externa dos lagostins, descrevendo todos seus apêndices e suas funções

  • Functional morphology of feeding and grooming in Crustacea

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

Os exemplares estudados procedem da bacia hidrográfica do rio Gravataí, na nascente do arroio Mineiro, localidade de Fazenda Fialho, Taquara (29o46’S, 50o53’W), Rio Grande do Sul, Brasil. Os exemplares machos descritos (cinco exemplares) foram depositados na coleção de crustáceos do Departamento de Zoologia da UFRGS. Com medidas entre 80 a 90mm de comprimento da carapaça cefalotorácica, foram coletados com armadilhas de PVC no ano de 2001. Exemplares adultos de P. brasiliensis tiveram as antenas, peças bucais, pereiópodos, pleópodos, télson e urópodos dissecados para observação e, juntamente com o cefalotórax e o abdômen, foram descritos e representados graficamente com o auxílio de câmara clara adaptada ao estereomicroscópio. As setas nos apêndices foram observadas em estereomicroscópio e microscópio óptico e, quando necessário, contou-se com imagens obtidas em microscópio eletrônico de varredura do Centro de Microscopia Eletrônica da UFRGS, utilizando-se a técnica adaptada de SCOTTO (1980) e FELGENHAUER (1987). Os tipos setais encontrados foram classificados de acordo THOMAS (1970)

RESULTADOS E DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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