Abstract

O presente trabalho busca empreender uma reflexão acerca do medo, enquanto afeto político central, que constrói os laços sociais, tanto do ponto de vista das relações interpessoais quanto do ponto de vista mais amplo das relações políticas, discutindo as facetas da insegurança na contemporaneidade, a apropriação do discurso e das práticas de medo e insegurança pelo Estado neoliberal e pelo Capital, e a relação estabelecida entre o medo e a adesão a posições e proposições políticas conservadoras e autoritárias. Para tanto, parte-se de uma perspectiva da Teoria Crítica, considerando a maneira como a vida social e a experiência política mobilizam os afetos, com atenção especial voltada ao medo na contemporaneidade, conjugada com a utilização de pesquisas empíricas já realizadas que corroboram, direta ou indiretamente, a relação entre o medo e o apoio ao autoritarismo.

Highlights

  • This paper aims to undertake a reflection on fear as a central political affection

  • Se les prometen ciertas ventajas, es verdad, pero a la vez se sustituye con ahínco el ideal de su propia felicidad por la violencia y la amenaza, se las carga con sacrificios desmesurados, se pone en peligro inmediato su existencia y se apela a latentes deseos de muerte

  • La antigua explicación de que los interesados en tal situación controlan todos los medios de opinión

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Summary

SOBRE UMA ADESÃO SOCIAL DOS AFETOS

Vladimir Safatle, na introdução de seu O Círculo dos Afetos, incita a teoria crítica a partir de uma nova forma de entender a sociedade [...] é possível que uma perspectiva crítica precise atualmente partir de uma compreensão distinta do que é a sociedade. Devemos ter sempre em mente que formas de vida determinadas se fundamentam em afetos específicos, ou seja, elas precisam de tais afetos para continuar a se repetir, a impor seus modos de Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, Florianópolis, v. A construção da adesão social por meio dos afetos nos ajuda a compreender as razões para que formas de vida específica permanecem, mesmo quando em desatendimento aos critérios normativos que elas mesmas fundamentavam. Para compreender os impasses e vínculos sociopolíticos que ora se põem, é fundamental refletir sobre os afetos “no sentido de uma consideração sistemática sobre a maneira como a vida social e a experiência política produzem e mobilizam afetos que funcionarão como base de sustentação geral para a adesão social” É precisamente o terceiro afeto acima mencionado, o objeto de estudo do presente ensaio: o medo, enquanto afeto político central, que constrói os laços sociais, tanto do ponto de vista das relações interpessoais quanto do ponto de vista mais amplo das relações políticas, e a forma como este medo repercute na violência e no apoio a posturas e posições políticas autoritárias

A GESTÃO POLÍTICA E ECONÔMICA PELO MEDO
Você tem medo de que?
MEDO E AUTORITARISMO
CONCLUSÃO

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