Abstract
Este artigo apresenta os primeiros resultados de um estudo preliminar sobre a construção e o uso de um antigo instrumento matemático. Nele, realiza-se um mapeamento de conhecimentos matemáticos incorporados no instrumento “esquadro móvel”, descrito no tratado L’uso della squadra mobile de Ottavio Fabri (1615) com o intuito de, posteriormente, elaborar uma atividade didática na interface entre história e ensino de matemática. Por meio de uma situação de medição, busca-se aqui demonstrar que as partes do instrumento sintetizam conceitos e que o braço móvel estabelece relações entre esses conceitos. O artigo conclui que o “esquadro móvel” apresenta elementos com os quais é possível compor um conjunto de ações para ensinar matemática e, desse modo, aponta para algumas potencialidades didáticas deste instrumento. Este estudo tem por base um documento original e recentes estudos em história da ciência e da matemática. O documento foi analisado contemplando três esferas de análise, a saber, historiográfica, epistemológica e contextual. A análise histórica buscou privilegiar alguns aspectos epistemológicos com a intenção de construir interfaces entre história e ensino de matemática conforme recentes estudos relacionados à incorporação de questões históricas no âmbito do ensino e da aprendizagem de matemática.
Highlights
This paper presents the first results of a preliminary study on the construction and use of an old mathematical instrument
Concludes that the “mobile square” has elements that allow composing a set of actions to teach mathematics and, the mapping points to some didactic potentialities of this instrument
This study is based on an original document and recent studies in the history of science and mathematics
Summary
A construção do esquadro móvel é tratada na segunda parte, intitulada “Fabricação do instrumento”[14]. Na construção da escala altímetra, o autor não explicita em detalhes os procedimentos necessários para traçá-la, mas apenas instrui o leitor para construir um quadrante da seguinte maneira: Divido o lado do quadrado da escala altimétrica da sombra invertida (ombra inversa) em quatro partes e, assim, igualmente, o lado da sombra direita (ombra retta) em quatro partes, e cada uma de suas partes em três partes, e cada uma dessas partes, ou em cinco ou dez [partes], como quisermos (...) e depois a partir do centro do “meio círculo”, traço aquelas pequenas linhas que se veem na Figura (FABRI, 1615, p.16v, tradução nossa). Ao movermos as partes do instrumento, compreendemos não só a sua disposição, mas também as relações geométricas ali implícitas, revelando, desse modo, os conhecimentos que se encontram nele incorporados
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