Abstract
Introdução: Cidades litorâneas possuem atividades econômicas como a pesca e o turismo que promovem o contato com a água do mar e, consequentemente, a exposição a microrganismos raramente encontrados em outros contextos e muitas vezes de diagnóstico tardio, podendo resultar em morbidade ou morte significativa. Objetivo: Essa revisão da literatura objetiva mostrar a importância da suspeição da infecção marinha na Atenção Primária, sua etiologia, manifestações clínicas, tratamento, complicações e prevenção. Métodos: Foi realizada pesquisa em bases de dados eletrônicos (SciELO, Google Acadêmico, MEDLINE e PubMed). Resultados: Foram encontrados 135 artigos e vinte foram selecionados, referentes aos anos de 2003 a 2018. Observou-se escassez de estudos que avaliam a efetividade de esquemas de antibioticoterapia e sua duração necessária. Além disso, verificou-se a ausência de classificação no Código Internacional de Doenças (CID-10) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), fato que prejudica a notificação e estudos epidemiológicos sobre o assunto. Conclusão: É preciso incluir a infecção marinha no diagnóstico diferencial de casos de ferimentos crônicos de difícil diagnóstico, principalmente se houver histórico de exposição a ambiente marinho. Novos estudos se fazem necessários para avaliação da terapêutica adequada. Outrossim, é fundamental conscientizar a população quanto ao risco de infecção marinha e seus métodos de prevenção.
Highlights
Coastal cities have economic activities such as fishing and tourism that promote contact with sea water and consequent exposure to microorganisms rarely found in other contexts
Infecções cutâneas e de partes moles em sobreviventes de Tsunami no sul da Tailândia
Todos os autores aprovaram a versão final e concordaram com prestar contas sobre todos os aspectos do trabalho, sendo TARR, MDBD e JSM os acrônimos do nome dos autores
Summary
Marine infection: approach in Primary Care Infección marina: enfoque en la Atención Primaria. Objetivo: Essa revisão da literatura objetiva mostrar a importância da suspeição da infecção marinha na Atenção Primária, sua etiologia, manifestações clínicas, tratamento, complicações e prevenção. Observou-se escassez de estudos que avaliam a efetividade de esquemas de antibioticoterapia e sua duração necessária. Verificou-se a ausência de classificação no Código Internacional de Doenças (CID-10) e Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), fato que prejudica a notificação e estudos epidemiológicos sobre o assunto. Conclusão: É preciso incluir a infecção marinha no diagnóstico diferencial de casos de ferimentos crônicos de difícil diagnóstico, principalmente se houver histórico de exposição a ambiente marinho. É fundamental conscientizar a população quanto ao risco de infecção marinha e seus métodos de prevenção
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