Abstract

O presente estudo comporta uma investigação sobre os processos de enraizamento e mobilidade social de três imigrantes açorianos em duas áreas litorâneas da Capitania de São Paulo – a povoação de Morretes e a vila de Paranaguá – entre os anos de 1780 e 1820. Em um sentido amplo, a finalidade capital deste artigo consiste em produzir um conhecimento respeitante à natureza das oportunidades sociais e econômicas auferidas por açorianos que participaram do fluxo migratório para áreas litorâneas do Brasil Meridional na segunda metade do século XVIII. Nesse quadro, neste estudo são fundamentados três argumentos. Primeiro, é demonstrado que, no contexto dos anos 1780, a imigração de açorianos para o extremo sul da Capitania de São Paulo era, por vezes, um projeto familiar. Segundo, é salientado que existiam formas de solidariedade entre membros de distintas gerações entre imigrantes açorianos e portugueses estabelecidos na aludida região. A faculdade de ser treinado na vida mercantil por um açoriano ou reinol era uma oportunidade crucial a uma imigrante recém-chegado. Terceiro, destaca-se que uma das principais oportunidades auferidas pelos imigrantes açorianos era o acesso a instituições administrativas municipais. Palavras-chave: Açorianos. Brasil Meridional. Elites locais. Imigração.

Highlights

  • Enraizamento social dos três açorianos aqui arrolados

  • Compete demonstrar que os açorianos, ao se fixarem na referida localidade, não se enquadravam, em todos os casos, na condição de comerciantes autônomos

  • Por meio do estudo das trajetórias dos irmãos Ferreira de Oliveira, nota-se que o estabelecimento de parentes em uma mesma jurisdição – o município de Paranaguá, por exemplo – não implicava, em todos os casos, uma situação na qual esses indivíduos viveriam fisicamente próximos

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Summary

Introduction

Enraizamento social dos três açorianos aqui arrolados. São estudadas, também, duas listas nominativas de habitantes, a qual permite conhecer o destino desses imigrantes no início do século XIX. O oferecimento, a imigrantes recém-chegados, de apoio de compatrícios para o estabelecimento no litoral sul da Capitania de São Paulo foi uma prática realizada por membros da família Ferreira de Oliveira entre as décadas finais do século XVIII e o início do século XIX.

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Results
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