Abstract

Já é vastamente conhecido que de muitos pressupostos no campo da Semântica Cognitiva existem antecipações filosóficas, antropológicas e linguísticas. Este artigo direciona seu olhar ao linguista universal Hermann Paul, cujo mérito no campo da Linguística Histórica é amplamente reconhecido, porém, sua abordagem radicalmente cognitivista e baseada na língua em uso foi e é pouco estudada até hoje. Para Hermann Paul, que participou do movimento dos neogramáticos, a metonímia representa um processo corporalmente ancorado e a metáfora, por sua vez, é vista como o caso primordial da mutação semântica. Um estudo profundo da sua obra principal, Princípios Fundamentais da História da Língua (PAUL, 1970 [1886]), revela que Paul já parte do pressuposto de que a metáfora não é uma exceção da criatividade poética, antecipando o conceito da corporificação, a ideia de mapeamento entre domínios cognitivos e das metáforas como modelos cognitivos para a explicação, compreensão e exploração do mundo cultural, assim como corroborando que a descrição da metáfora é parcial e subjetiva. Como veremos, esta obra de Paul, que representa um importante marco na história da linguística, torna-se um inigualável tesouro com inúmeros exemplos linguísticos ao ilustrar a riqueza figurativa e a vivacidade constante da nossa língua.

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