Abstract
Objetivo: Avaliar as habilidades pragmáticas em crianças com diagnóstico de transtorno do espectro do autismo (TEA), por meio do Protocolo de Avaliação das Habilidades Pragmáticas no Espectro do Autismo (PAHPEA). Método: Foram incluídas 115 crianças com transtorno do espectro do autismo, de ambos os sexos, cujos dados foram coletados por nove fonoaudiólogos em clínica de fonoaudiologia da Região Centro-Oeste do Brasil. Foram usados os testes binomial, qui-quadrado e Kolmogorov-Smirnov de uma amostra para avaliar se houve diferença estatística entre as habilidades da comunicação social observadas nas crianças com TEA quando foram obtidas somente duas respostas diferentes, quando houve mais de dois tipos de respostas e entre os diferentes tipos de respostas para avaliação das habilidades de comunicação social para cada criança, respectivamente. Resultados: Das 115 crianças participantes, 98 (85,7%) do sexo masculino, 59 (84,3%) frequentavam a escola e as idades variaram entre 3 e 12 anos. Das 29 perguntas que compõem os cinco fatores do PAHPEA, que são linguagem, inadequação, interatividade, funcionalidade e responsividade, observou-se que a hipótese nula foi rejeitada em 79,3% das respostas dos fonoaudiólogos que coletaram os dados. Observou-se que houve diferença estatística significativa na percepção sobre o desempenho das crianças avaliadas em relação às habilidades pragmáticas, o que é corroborado pela literatura ao identificar heterogeneidade e singularidade na comunicação de pessoas com transtorno do espectro do autismo. Conclusão: A identificação de pontos singulares de dificuldades na comunicação social (pragmática) deve colaborar para a conscientização da necessidade de oferecer às crianças com transtorno do espectro do autismo intervenções que estimulem e treinem habilidades comunicativas mais amplas, cognição social e capacidade verbal, ou seja, habilidade de conversação.
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