Abstract
As perspectivas de gênero e/ou feministas ainda são raras no ensino de Relações Internacionais no Brasil e, em geral, não atravessam as diversas agendas do campo de estudo, ficando confinadas a “semana de gênero” ou a disciplinas optativas. Por isso, esta pesquisa, de caráter exploratório, tem como objetivo analisar como três cursos de Relações Internacionais de universidades brasileiras abordam a temática de gênero e/ou feminismos em suas disciplinas obrigatórias. Para realizar essa análise, faço uma análise bibliográfica sobre a temática e uma análise documental das ementas das disciplinas obrigatórias das universidades selecionadas. Na primeira seção, apresento o debate teórico sobre análise curricular. Na segunda seção, abordo os debates sobre gênero, currículo e ensino de Relações Internacionais. Por fim, faço uma análise das ementas obrigatórias de três cursos de graduação em Relações Internacionais. Ao todo foram analisadas 103 ementas, das quais 3 abordam gênero e/ou feminismos, contudo, marginalmente. Observo que no período de duração dos cursos analisados, há somente a “semana de gênero”, ou seja, o período de uma semana em uma disciplina ou curso inteiro para debater a temática. Também observo, nas considerações finais, que está aberta a oportunidade de disputar e mudar os currículos de Relações Internacionais para que as perspectivas de gênero ou/e feministas estejam presentes em análises das diferentes agendas de pesquisa e ensino da área.
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