Abstract

Partindo da Estilístia Tradutória (MALMKJAER, 2003, 2004), a qual é a análise estilística de textos traduzidos, em comparação ao texto fonte, para o entendimento das modificações tradutórias; e da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), a qual vê a linguagem como produtora de significado e procura entender como tal significado é construído dentro de um determinado texto, o presente artigo analisa o conto “Psychology” (MANSFIELD, 2001) e três de suas traduções para o português brasileiro feitas, respectivamente, por Julieta Cupertino (MANSFIELD, 2000), por Paola Castro Oliveira (MANSFIELD, 2015) e por Denise Bottmann (MANSFIELD, 2016). O intuito é verificar como os Temas se realizam no corpus e como as personagens se manifestam através dos Temas ideacionais participantes e ideacionais participantes elípticos. Procura-se verificar, também, como questões de gênero são apresentadas nas narrativas (SIMON, 2005). Para a realização da análise, elencamos as seguintes perguntas: a) Como se realizam os Temas no corpus?; b) Como se manifestam as personagens no âmbito dos Temas ideacionais participantes e ideacionais participantes elípticos?; e c) O que pode ser afirmado acerca de questões de gênero e de narratividade com base na classificação dos Temas ideacionais participantes e ideacionais participantes elípticos? Cumpre salientar que a investigação da estrutura temática, de questões de gênero e da narratividade não é exaustiva, mas é um bom exemplo de como esses assuntos podem ser relacionados. Os Temas foram anotados manualmente no corpus em formato eletrônico e quantificados no programa computacional WordSmith Tools (versão 4.0). Podemos concluir que a estrutura temática nos contos, em relação de tradução, não é restrita, sendo que uma ampla variedade de Temas pode ser observada. O texto fonte e os textos alvos apresentam maior número de Temas múltiplos do que de Temas simples, sendo os primeiros Temas interpessoais e/ou Temas textuais, vinculados aos Temas ideacionais. Também podemos concluir que, quando se trata de uma análise em conjunto, as personagens femininas são mais frequentes do que as personagens masculinas. No entanto, o mesmo não acontece quando se analisa apenas a personagem feminina principal e a personagem masculina principal.

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