Abstract

A marcação de gênero no português pode ser binária (“o aluno”/“a aluna” – “o estudante”/“a estudante”) ou por processo de concordância, como em profissões de nome comum de dois gêneros (“o falante”/“a falante”). A distinção da marcação de gênero nestes nomes é resultado das experiências dos falantes com estereótipos compartilhados: na falta de informação gramatical de gênero nos nomes, os falantes constroem representações mentais a partir dos estereótipos de gênero, que sofrem efeitos da frequência e da saliência, parâmetros que também afetam a gramática. A fim de identificar a relação entre os estereótipos e a marcação de gênero, um estudo experimental de julgamento foi desenvolvido considerando o efeito da masculinidade e da feminilidade de nomes comuns de dois gêneros de profissões no português brasileiro. Os resultados apontam que, embora sejam nomes comuns de dois gêneros, o modo como uma profissão foi apresentada ao participante interferiu no resultado de julgamento, denotando efeito de saliência. A frequência prototípica da profissão interferiu positivamente no julgamento. Concluímos que os parâmetros da estereotipia de gênero, medidos pela saliência e frequência, interferem no julgamento das profissões quanto ao gênero nos nomes comuns de dois gêneros.

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