Abstract
Este artigo analisa a relação dialógica entre os constrangimentos estruturais referentes ao uso crescente de ferramentas digitais de comunicação e as ações de ativistas de coletivos que recorrem a essas ferramentas para imputar novos sentidos sobre participação e política. O recurso a ferramentas digitais de comunicação, a ênfase na biografia pessoal como motivação para o engajamento político, o adensamento das relações de amizade na luta política e o discurso da horizontalidade são algumas dimensões do novo ativismo político dos coletivos que indicam a redefinição de padrões estruturantes da cultura política no Brasil, como a própria separação entre público e privado. Em linhas gerais, o artigo se debruça sobre pesquisa empírica para argumentar que o ativismo dos coletivos e o debate teórico sobre espaço público no século 21 constituem um jogo de espelhos, a transformação de um está refletida no outro.
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