Abstract

A presente proposta visa reunir trabalhos em torno da temática Memórias de Guerra em Experiências Literárias Africanas e de como a escrita tem elaborado traumas coletivos. Evocando noções como narrativa, trajetórias e memória, pensamos que é possível observar como os processos de recordação e elaboração têm se construído através da escrita literária. O que essas narrativas mobilizam de suas paisagens coletivas? como narram os enfrentamentos e as consequências da guerra civil? como se esboçam nessas narrativas as trajetórias desses escritores, de seus países e de seus repertórios culturais? Enfim, como são mobilizados em suas escritas as recordações. Que espaços da recordação são mobilizados na montagem de suas escrituras? A memória do trauma é uma forma de recuperar na fragilidade dos rastros individuais a compreensão para a história e para as condições socioantropológicas de cada sociedade. Propomos reunir, neste Dossiê, reflexões que ponham em diálogo preocupações do campo das ciências humanas, sociais e literárias que nos permitam refletir sobre essas experiências nas literaturas africanas.

Highlights

  • Resumo: A presente proposta visa reunir trabalhos em torno da temática Memórias de Guerra em Experiências Literárias Africanas e de como a escrita tem elaborado traumas coletivos

  • This proposal aims to bring together works about the subject “War Memories in African Literary Experiences/Experiments” and how collective trauma has been elaborated through writing

  • Evoking notions such as narrative, trajectories and memory, we believe it is possible to observe how the processes of recall and elaboration have been constructed through literary writing

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Summary

Introduction

Este Dossiê reúne trabalhos em torno da temática Memórias de Guerra em experiências literárias africanas e sobre como a escrita tem sido espaço de elaboração de traumas coletivos. A partir da análise de romances que narram traumas de guerra em territórios indígenas, Assmann, na parte que se dedica ao estudo do corpo como espaço da recordação, observa que as narrativas literárias não só manifestam o trauma, elas são também a abertura para a cura do trauma.

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