Abstract
O presente texto tem como centralidade as experiências de docentes no ensino médio em território rural, na construção curricular deste espaço. Objetiva compreender as experiências pedagógicas dos docentes do Ensino Médio em território rural, intermediado pela narrativa de um currículo vivido e em movimento. O currículo a que me refiro está vinculado diretamente as experiências dos docentes no seu processo de apropriação e deslocamento do currículo prescrito e construído com caráter urbanocêntrico. Utiliza-se como dispositivo metodológico, epistemológico e político a Documentação Narrativa de Experiências Pedagógicas, que se integra as bases da pesquisa qualitativa e entrelaça os princípios etnográficos e (auto)biográficos como abordagem de pesquisa. Realiza-se em uma escola do ensino médio, anexo em território rural na cidade de Juazeiro, Bahia, Brasil e conta com 7 (sete) colaboradores na produção de documentos narrativos pedagógicos. Utilizo-me da perspectiva de diálogos em rede colaborativa, entrelaçando o ciclo hermenêutico (GADAMER, 1997), a teoria interpretativo-compreensiva (RICOUER, 2000; SOUZA, 2014), uma vez que o processo de documentar narrativamente as experiências pedagógicas, pressupõe um movimento coletivo de análise e reescrita. O principal resultado é evidenciado por uma perspectiva crítica de se pensar o currículo e contrapor aos elementos hegemônicos que existem no universo das escolas nas ruralidades. Aspectos estes que validam a dimensão de um currículo em movimento com possibilidades criativas e de mudança para este universo que se abre mediante as experiências documentadas.
Highlights
Resumen: El texto tiene centralidad en las experiencias de profesores de escuelas secundarias en el territorio rural, en la construcción curricular de este espacio
Não se trata de fazer um constructo teórico e epistemológico para este recorte temático, mas, enveredar nos núcleos de sentido produzidos nas experiências narradas e documentadas de professores(as) e com esse aporte evidenciar possibilidades outras para a concepção do currículo em movimento como parte de um território pedagógico (BUSTELO, 2017)
Recebido em: 13 de abril de 2020 Aceito em: 16 de abril de 2020 Publicado em: 25 de abril de 202o
Summary
A experiência, e não a verdade, é o que dá sentido a escritura [...] É preciso abrir a janela. Não se trata de fazer um constructo teórico e epistemológico para este recorte temático, mas, enveredar nos núcleos de sentido produzidos nas experiências narradas e documentadas de professores(as) e com esse aporte evidenciar possibilidades outras para a concepção do currículo em movimento como parte de um território pedagógico (BUSTELO, 2017). Passo a tecer reflexões que emanam dos documentos narrativos construídos pelos professores(as) narradores, apresento aqui sete perspectivas que se abrem quanto as dimensões de currículo em movimento que se constroem com base nas narrativas de experiência sistematizadas: Currículo vivido versus resiliência docente; currículo como prática da inquietude e teimosia; currículo como possibilidades e estratégias para resolver situações-problema; currículo escolar na relação com a realidade local; currículo prescrito nos desdobramentos da docência; ensino investigativo no desenvolvimento do currículo prescrito e por fim, entre o currículo e a leitura de mundo: currículo que abre portas. Ao refletir suas experiências e registrarem numa perspectiva narrativa, eclodem distintos modos com os quais esses(as) professores(as) passam a lidar com o currículo prescrito num contexto de reformas e dão contornos vivos e práticos para o universo da docência, conforme apresento a seguir
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.