Abstract
Este artigo é um recorte de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo discorrer sobre os impactos do Rompimento da Barragem de Fundão (RBF) na vida das estudantes e na escola atingida de Bento Rodrigues. O rompimento ocorreu no dia 5 de novembro de 2015, em Mariana, Minas Gerais, e representa o maior desastre ambiental no Brasil. Por meio de uma pesquisa qualitativa, utilizamos a entrevista semiestruturada em profundidade como técnica de coleta de dados. Os sujeitos da pesquisa são duas estudantes (13 anos) e a diretora da Escola Municipal Bento Rodrigues. Os estudos sobre o RBF têm demonstrado que os modos de vida da população atingida foram profundamente afetados, e os resultados da pesquisa demonstram que as experiências escolares das estudantes também foram impactadas. As narrativas denotam o sofrimento que as jovens vivenciaram em suas singulares infâncias e na construção de suas subjetividades juvenis. A partir do conceito de ecologia de saberes na perspectiva das Epistemologias do Sul, compreendemos que a escola se transformou em um espaço significativo de ausências no cenário de destruição. O desastre do RBF se converteu em um processo histórico dinâmico de produção e reprodução de violações de direitos e dignidades
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