Abstract

O presente trabalho analisa a experiência transicional no romance Solar Storms, publicado pela escritora nativo-americana Linda Hogan (Chickasaw) em 1995. A obra narra a jornada de Angela, uma mestiça indígena órfã que retorna à terra de seus antepassados na tentativa de desvendar sua história e de religar os fragmentos de um passado parcialmente obscuro. Ao longo da narrativa, percebe-se um processo de gradual desconstrução de categorias – temporais, físicas, espaciais – e de superação das relações dicotômicas que opõem, por exemplo, indivíduo e comunidade, interioridade e exterioridade, o mundo humano e o não humano. Esse movimento se dá na direção de uma dissolução das falsas fronteiras e no sentido de uma integração total.

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