Abstract
Este trabalho discute as contribuições da educação geográfica para a análise da espacialidade da vulnerabilidade de gênero entre jovens estudantes de uma escola da rede pública, em São João del-Rei, Brasil. Para isso, desenvolveu-se um percurso educativo geográfico, intitulado 'Geoficinas’, que leva em consideração as geografias, espacialidades e o cotidiano das alunas. Esse percurso educativo fundamenta-se nos princípios do raciocínio geográfico e nas contribuições das epistemologias das Geografias Feministas. Por meio das metodologias de pesquisa-ação e leitura dos espaços geossimbólicos foram analisadas as falas, percepções, vivências e narrativas das jovens estudantes em relação à dimensão espacial do risco social decorrente da desigualdade de gênero. Os resultados revelam que a maioria das estudantes já sofreu ou sofre violência de gênero e que elas demonstram-se engajadas em ações de segurança e prevenção. Esses fatos destacam a importância de se considerar o espaço da escola como lócus onde se dialoga e se reproduz diversos elementos que costuram a sociedade.
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