Abstract

Este artigo tem como objetivo descrever o Serviço de Orientação Profissional (SOP), ofertado a estudantes do Ensino Médio, cursinhos pré-vestibular e EJA, com a finalidade de destacar a sua importância na formação de graduandos em Psicologia, bem como fortalecer o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) como espaço de formação e cuidado em saúde mental. As reflexões apresentadas são resultado da análise atual das psicólogas que trabalharam como extensionistas no ano de 2014 e da supervisora do projeto, a partir da releitura dos relatórios produzidos na época. No ano em questão, o projeto foi divulgado em 10 instituições de ensino públicas e 7 privadas do município de Jataí. Em seguida, foram realizadas entrevistas individuais de triagem, sendo os participantes organizados em 4 grupos, realizados em dias e horários diferentes. Cada grupo iniciou os atendimentos com uma média de 15 participantes e era conduzido por duas ou três discentes do curso de Psicologia, que realizaram 10 encontros com duração de duas horas cada. Ao final do processo, realizou-se uma entrevista devolutiva para avaliar o percurso de cada jovem. Cabe apontar que a supervisão deste trabalho acontecia semanalmente, em encontro presencial com as estagiárias, por meio do relatório do trabalho realizado. Os resultados do projeto, para o público alvo, apontaram para a tomada de consciência e aumento da segurança para a escolha, ao comparar as respostas das entrevistas iniciais com as entrevistas devolutivas. Há relatos de que o processo foi uma experiência enriquecedora, possibilitando autoconhecimento, redução da ansiedade e descoberta de habilidades e influências. Para os estudantes do Curso de Psicologia, foi possível enumerar o desenvolvimento das seguintes habilidades técnicas: registro de relatórios psicológicos; raciocínio para estudo de caso e grupal; trabalho em grupo; comunicação social; planejamento e cumprimento de metas. Pessoalmente, foi importante destacar o desenvolvimento da criatividade e flexibilidade, bem como o despertamento do compromisso social e político para a compreensão da comunidade envolvida. Diante desses pontos positivos, cabe pontuar a necessidade de rever a atividade de extensão como um requisito central na grade curricular e não como uma carga horária complementar, bem como justificar o ensino presencial para o curso de Psicologia, que vem enfrentando, junto com outros cursos da área da saúde, um ataque para que haja flexibilização para ensino à distância.

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