Contra uma moralidade das mulheres: a crítica de Joan Tronto a Carol Gilligan

Abstract

Esse artigo pretende reconstruir a crítica de Joan Tronto ao modelo da ética do cuidado de Carol Gilligan. A análise de Tronto compreende, por um lado, que o cuidado não se restringe a uma moral feminina, mas é possível verificar sua prática em grupos em condição de subordinação, e, por outro (em consequência disso), que não se pode teorizar o cuidado sem o aporte do social. Sob esse aspecto, Tronto observa na análise de Gilligan um discurso essencialista e elitista que pretende universalizar a experiência do cuidado a partir de grupos hegemônicos.