Abstract

http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2016v15n2p246O diagnóstico já fora dado por Wittgenstein ele mesmo, tão cedo quanto no Tractatus e mais claramente ainda nas Investigações Filosóficas: a urgência em se resolver certos “problemas filosóficos” não passa de um sintoma de doença filosófica. Poderíamos mesmo dizer que a principal preocupação de Wittgenstein ao longo de seu trabalho era aquela de fornecer um tratamento filosófico eficiente para a cura das ilusões do filósofo e um método (ou alguns métodos) para se determinar uma nova atitude filosófica por meio de uma nova atividade filosófica. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento sugerido tiveram um enorme impacto sobre a reflexão filosófica contemporânea, a qual eu gostaria aqui de considerar desde o ponto de vista da assim chamada “filosofia moral”, cujo destino é a questão deixada em aberto por este artigo. No que se segue, eu vou começar por uma breve caracterização da referida atitude wittgensteiniana tal como aplicada a alguns autores: Anscombe, Gaita e Elliott, sobretudo; e tentar esboçar uma imagem de uma atividade filosófica que é principalmente (e moralmente) terapêutica; este quadro será então completado com a crítica compartilhada por estes autores à “filosofia moral tradicional” tal como primeiro e claramente atestada por Anscombe; finalmente, tentarei esboçar e exemplificar algumas das possibilidades alternativas abertas ao destino da “filosofia moral” contra a mera exegese e contra uma atitude academicista e pedante que parece estar sempre à espreita em nossas incursões normativas

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