Abstract

Este artigo estabelece algumas relações fundamentais entre evolução, a teoria do cérebro triuno e a relevância que esta pode ter para a fundamentação empírica de uma filosofia da mente e das emoções. Inicialmente, será especialmente considerada a posição do filósofo Ronald de Sousa no seu já clássico artigo “The Mind’s Bermuda Triangle: Philosophy of Emotions and Empirical Science”, parte do Oxford Handbook of Philosophy of Emotions. A segunda seção discute a validade da teoria do “cérebro triuno” como abordagem neuroetológica evolutiva, delineando sua divisão tripartite do cérebro e analisando críticas e elogios às suas ideias, além de considerações de neurocientistas importantes no campo do estudo das emoções como Ledoux e Panksepp sobre tal tema. Na terceira seção, trato de um trabalho de Pollen e Hofmann que nos serve de apresentação de novas abordagens contemporâneas para a compreensão da evolução do cérebro. Como conclusão delineio um marco de trabalho na forma de uma agenda de pesquisa para as relações entre biologia evolutiva, neurociência e o estudo filosófico das emoções.

Highlights

  • Voltando à questão do nosso tema nesse capítulo, vale dizer que o escopo de meu interesse é o subfilo Vertebrata, especialmente os mamíferos e mais especificamente o Homo sapiens sapiens

  • Já no abstract de seu artigo ele apresenta tal questão: Philosophy is the name we give to questions for the solution of which there is no methodological consensus

  • Autores das mais diversas linhas filosóficas beberam nestas fontes de debate, tomando tais disjunções como pontos assentes para o estabelecimento de ontologias e metodologias filosóficas inteiras

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Summary

Introdução

O tema a ser explorado aqui não é dos mais óbvios. Bem ao contrário, é de extrema complexidade. Vale adiantar que o conjunto de ideias, que aqui coordenamos para abordar o tema, não é uma bula definitiva, mas um mapa geral, meramente esquemático. Minha intenção é evidenciar de que maneira o processo evolutivo que engendrou a espécie humana foi capaz de nos dotar com um cérebro altamente desenvolvido e especializado em termos de sua estrutura e capaz de exercer um conjunto de funções igualmente complexo ao qual chamamos mente. Não se trata de um chauvinismo dos mamíferos ou dos seres humanos, mas, devemos entender que humanos desenvolveram linguagem e cultura a tal nível que algumas de suas estruturas culturais podem, em alguns campos do comportamento, ir além das possibilidades geneticamente mais determinadas de outros animais. O nosso objetivo é entender como a emoção humana se configura atualmente dentro de uma perspectiva que contemple a evolução e o cérebro como hoje o conhecemos e a relação que estes têm. Os passos anteriores onde tratamos de outros animais são partes do caminho constitutivo para tal

De Sousa e a relação entre filosofia e ciência no que concerne às emoções
Cérebro Triuno?
Timaeus
Para além da neuroanatomia
Problemas e uma agenda de pesquisa futura – à guisa de conclusão
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