Abstract
Pretende-se explorar aqui alguns efeitos do colapso climático sobre nossa experiência do tempo. A hipótese aqui levantada é que as alterações antrópicas da estabilidade da Terra afetam a maneira como nos relacionamos com o futuro, pois a própria ideia de futuro se encontraria comprometida. Partiremos da noção de “estratos do tempo,” elaborada por Koselleck, para pensar em que medida essa crise afeta a nossa experiência do tempo. Antes disso era possível pensar a nossa experiência do tempo e da história como sendo construída a partir de certas repetições que serviam como fundo para acontecimentos. O colapso climático põe em questão essa imagem de um fundo, já que as repetições tomadas como naturais passam a ter seus ritmos alterados. Ao final do artigo, esboçaremos a proposta de uma espécie de disposição temporal alternativa, possibilitada por alguns elementos do pensamento ameríndio a partir de Danowski e Viveiros de Castro.
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