Abstract
A revista Távola Redonda circulou em Portugal entre 15 de janeiro de 1950 e julho de 1954, e teve David Mourão-Ferreira como um dos principais nomes à sua frente. Esboçando uma reação ao neorrealismo e ecoando discursos manifestados na antecessora revista Presença, reivindicava uma literatura pautada pela subjetividade e pela expressão individual do autor. A publicação estabeleceu, assim, uma clara oposição aos neorrealistas que priorizavam uma poesia comprometida com seu momento histórico e social, ou seja, acima das nuances do “eu”. Nesse contexto e inserido no meio literário português, surge o nome de Cecília Meireles, que integrou esse rol de poetas “acolhidos” com simpatia e, mais do que isso, admiração pelas páginas da Távola. O fascículo número 12, de 29 de fevereiro de 1952, publicou quatro poemas que apareceram com o título de “Poesias inéditas”, além de um texto crítico, “Cecília Meireles, acerca da sua poesia”, de autoria de David Mourão-Ferreira. Dessa forma, destacam-se as forças motrizes da publicação e as proximidades que levaram a poeta brasileira a figurar na revista, salientando-se a importância de sua participação no periódico e o diálogo luso-brasileiro ali estabelecido.
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