Abstract

Objetivou-se refletir sobre o ambiente domiciliar de codependentes como um ambiente de convivência com adictos de substâncias psicoativas numa perspectiva fenomenológica. Investigação descritiva, delineada na abordagem fenomenológica à luz do referencial teórico-metodológico-filosófico de Michel Maffesoli, realizada numa Unidade Básica de Saúde em Minas Gerais, Brasil, com oito codependentes. Coletaram-se dados de caracterização e foram realizadas entrevistas individuais em profundidade gravadas. Trataram-se os dados com análise de conteúdo fenomenológico com apoio dos softwares SPSS versão 24 e NVivo Pro11. Atenderam-se todos os aspectos ético-legais de pesquisa. Os oito sujeitos eram mulheres. Compreendeu-se que o “lar” pode se tornar uma verdadeira “Prisão domiciliar” quando a realidade cotidiana for marcada pelos múltiplos papéis ocupados pelas participantes, os quais são gerenciados juntamente com o cuidado ao familiar dependente químico. Portanto, as situações estressoras, dolorosas, que geram sentimentos ruins, como medo, insegurança, tristeza, e os conflitos familiares devem ser alvo do cuidado de enfermagem.

Highlights

  • O cenário de investigação viabilizado foi uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Zona da Mata Mineira, Brasil, pertencente a uma região sanitária de saúde coberta pela Estratégia Saúde da Família (ESF) do Sistema Único de Saúde (SUS)

  • Foi realizada uma investigação descritiva, delineada na abordagem fenomenológica à luz do referencial teóricometodológico-filosófico de Michel Maffesoli

  • O instrumento de coleta foi estruturado em: 1) caracterização sociodemográfica; 2) entrevista individual em profundidade com gravação de áudio; 3) diário de campo contendo observações e conteúdos relevantes ao pesquisador

Read more

Summary

Introdução

A convivência familiar com pessoas que possuem algum tipo de dependência química, por exemplo, de drogas lícitas, como bebidas alcoólicas e tabaco, ou de drogas ilícitas, como a maconha, o crack, a heroína, entre outras (Brasil, 2019), envolve as dimensões física, psíquica e comportamental (Melo et al, 2020) e pode resultar em prejuízos biopsicossociais aos membros da família, em curto, médio ou longo prazo, especialmente àqueles que são responsáveis pelo cuidado ao dependente de alguma Substância Psicoativa (SPA). É uma relação que acontece inconscientemente e, quando o codependente cai em si, ele já deixou de viver sua própria vida e passou a viver em função do dependente e até mesmo a sua relação com o ambiente domiciliar e a satisfação com o seu lar podem estar comprometidas (Alvarez, Gomes & Xavier, 2014). Identificou-se uma lacuna científica no que tange a reflexões numa perspectiva fenomenológica sobre o modo como os codependentes de SPAs se sentem em seus lares como ambiente de convivência e compartilhamento de cuidados para com o familiar dependente químico, numa realidade da Atenção Básica (AB). Objetivou-se, assim, refletir sob uma perspectiva fenomenológica acerca do ambiente domiciliar de codependentes como um ambiente de convivência com adictos de substâncias psicoativas

Metodologia
Resultados e Discussão
Findings
Considerações Finais
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.