Abstract

Entrelaçada com estruturações naturais e história pessoal, a carne, na concepção gradualmente forjada por Merleau-Ponty, é nutrida pelas influências combinadas da neurologia, Gestalt psicologia e psicanálise. Essa tripla influência sustenta um tema recorrente em seus últimos escritos: o espelho. "A carne é um fenômeno de espelho", nos diz Merleau-Ponty. Os manuscritos não publicados revelam que esta famosa sentença não se refere diretamente a Husserl, nem a Wallon e Lacan, mas é conduzida pelas leituras contemporâneas de Paul Schilder e Wolfgang Metzger, que estudam o fenômeno de migrações distanciadas da imagem corporal na visão. O espelho mistura corpo objetivo e corpo fenomenal, em uma comunidade efetiva entre meu corpo vivido e sua imagem externa. Ele mostra como a carne vive tanto em si quanto fora de si, animada por uma incompletude essencial que envolve a percepção em um processo de incorporação e, consequentemente, aponta para a intercorporeidade.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.