Abstract
As características viscoelásticas da casca da castanha de caju in natura dificultam a sua decorticação por compressão. Para facilitar a abertura da casca e a liberação da amêndoa, as castanhas são submetidas à hidratação e tratamento térmico em banho de líquido da casca da castanha (LCC) a 210 ºC. Com o objetivo de conhecer o comportamento do produto, para futuros desenvolvimentos de mecanismos decorticadores, procurou-se caracterizar a castanha do clone 'CCP 76' por meio das principais dimensões, massa, volume e ensaios mecânicos do endocarpo e da amêndoa, antes e após o tratamento térmico. Os tratamentos consistiram em várias combinações de tempo de hidratação e tempo de residência em banho de LCC. Aplicou-se a metodologia de superfície de resposta para identificar o melhor tratamento. Construíram-se dispositivos de abertura manual da castanha, cisalhamento do endocarpo e penetração da amêndoa para a realização dos ensaios mecânicos. Observaram-se alterações no comprimento, na largura e na espessura, assim como na massa e no volume, antes e após os tratamentos. Os resultados do ensaio de cisalhamento do endocarpo e da rigidez da amêndoa indicam diferença entre o material in natura e o tratado termicamente. As alterações nas dimensões de massa e de volume apontam para a necessidade de uma classificação após o tratamento térmico, quando essas constituírem parâmetros relevantes no processo de decorticação. A tendência da superfície de resposta mostrou que o ensaio com 79 h de hidratação e 165 s de residência em LCC a 210 ºC foi o mais próximo da região de ótimo.
Highlights
Viscoelastic characteristics of raw cashew nut shell hinder its decortication by compression
O valor encontrado para a hidratação da castanha foi de 86 h e de 150 s para o tempo de residência em líquido da casca (LCC), a 210 °C
Variáveis codificadas e decodificadas do planejamento experimental para a avaliação do efeito combinado de hidratação e do tratamento térmico submetido à castanha de caju ‘CCP 76’
Summary
Para o estabelecimento dos tempos de hidratação e de residência no LCC para a castanha ‘CCP 76’, ensaios preliminares foram realizados, tomando como referência o tempo de hidratação da castanha e o tempo da castanha imersa no LCC, praticados pela indústria brasileira de beneficiamento da castanha de caju. Lotes de 25 castanhas de tamanho médio foram submetidos à hidratação, e o tratamento térmico no LCC, em vários intervalos de tempo, com o objetivo de determinar o tratamento mais adequado para a castanha ‘CCP 76’. Excessivo a ponto de comprometer a sua qualidade, procedimento semelhante ao utilizado pela indústria. O valor encontrado para a hidratação da castanha foi de 86 h e de 150 s para o tempo de residência em LCC, a 210 °C. Esses valores foram utilizados como ponto central do planejamento experimental
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