Abstract

Introdução: Aneurismas intracranianos (AI) são uma dilatação anormal de uma artéria cerebral, causada pelo enfraquecimento da parede do vaso que ocorre devido fatores genéticos e adquiridos associados ao estresse mecânico do fluxo sanguíneo. Estudos mostram uma prevalência de cerca de 1,5 a 5% na população em geral. A ruptura é o desfecho mais comum de um AI, resultando na chamada hemorragia subaracnóidea. O tratamento dos aneurismas rotos e não rotos pode ser realizado através da técnica cirúrgica (clipagem e/ou wrapping) ou da técnica endovascular (embolização ou implante de diversor de fluxo). Objetivo: Analisar as características dos AI e o perfil dos pacientes tratados no INC. Assim como correlacionar alguns dados entre si. Método: Estudo descritivo com amostra composta por 254 prontuários clínicos de pacientes tratados no INC devido a aneurisma intracraniano, no período compreendido entre 2010 e 2016. Foram avaliadas as seguintes variáveis: quantidade de aneurisma, sexo, idade que realizou o procedimento, fatores de risco, localização, tamanho, ocorrência ou não de ruptura aneurismática, complicação do aneurisma e da técnica. Além disso, foi realizada correlação entre alguns dados. Para realização das correlações foi usado o teste de Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher. Resultado: Os aneurismas foram mais frequentes nas mulheres (n=187; 73,7%) do que nos homens (n=67; 26,3%). A idade média de realização do procedimento foi de 54,6 anos. HAS estava presente em 126 pacientes (44,7%), o tabagismo em 35 (12,4%), a dislipidemia em 32 (11,3%), presença de história familiar de aneurisma em 18 (6,4%), reposição hormonal em 4 (1,4%), história prévia de rotura de aneurisma em 1 (0,3%) e DAC em 1 (0,3%). Dos aneurismas, 263 (91,8%) encontravam-se na circulação anterior e 19 (8,2%) na circulação posterior. Referente ao tamanho, 218 (77,3%) eram pequenos, 49 (17,4%) médios, 15 (5,3%) grandes. Foram submetidos à técnica cirúrgica (clipagem e wrapping) 112 pacientes (39,7%) e 170 (60,3%) ao tratamento endovascular (embolização e implante de diversor de fluxo). Conclusão: Obteve-se predomínio de pacientes com apenas um AI, do sexo feminino, com idade média de 54,6 anos; os fatores de risco mais prevalentes foram hipertensão e tabagismo. Os AI eram predominantemente pequenos, localizados na circulação anterior e não rotos. A técnica endovascular, principalmente a embolização, foi o tratamento mais realizado para o manejo dos AI.

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