Abstract
Bruno Latour oferece uma das mais interessantes críticas à modernidade ocidental. Seu postulado básico é considerar equanimemente humanos e não humanos, tratando de maneira rigorosamente simétrica o social, a natureza e o discurso. O artigo avalia em que medida a simetria é preservada à luz de quatro pontos críticos: a rede de atores é na verdade uma ferramenta discursiva, na qual o peso de humanos e não humanos é atribuído pelo observador em sua narrativa; ao lidar com a relação entre signos e coisas, o conceito de black-boxing acaba por impor um viés tecnicista na compreensão do discurso; o pluralismo ontológico dos modos de existência não supera, em última instância, a pressuposição de uma teoria da diferenciação social latente, nos moldes clássicos da sociologia; e, por fim, enquanto a técnica, a ciência e o direito são desmistificados pela antropologia dos modernos, a política preserva um status idealizado, distante das práticas políticas reais e rotineiras.
Highlights
Artigo recebido em 10/08/2015 Aprovado em 18/05/2016 novos contornos na administração republicana de George W
É à luz desse contexto intelectual e político que pretendemos intervir na discussão
Cette construction de sens a contribué à justifier et à normaliser les actions controversées de la politique étrangère, telles que les invasions de l’Afghanistan et de l’Irak
Summary
Há razoável consenso dentro da literatura especializada quanto à importância da promoção da democracia enquanto fundamento da política externa dos Estados Unidos, especialmente após o final da Guerra Fria. O recorte temporal justifica-se porque, para além da importância que a promoção da democracia teve após os atentados de 11 de setembro, e para a chamada doutrina Bush em especial, o interesse aqui consiste em compreender pelo prisma discursivo como foi possível associar democracia com práticas não liberais em política externa, especialmente intervenções militares. O conteúdo das estratégias é considerado pela literatura sobre o tema, um dos principais alicerces da política externa do governo Bush e pode ser considerado como proxies de um discurso maior que circulou na sociedade norte-americana após os atentados. A segunda é uma análise conjuntural, ainda que breve, sobre a promoção da democracia e três temas que se intersectam, ajudando a compreender a centralidade dessa promoção na política externa norte-americana na administração George W.
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