Abstract

Tem-se por objetivo neste texto apresentar uma possibilidade de leitura da obra Contos de enganar a morte (2003), de Ricardo Azevedo, na qual se considera o papel do leitor e da linguagem híbrida, resultante da junção de dois discursos: o literário e o da tradição popular. Para a consecução do objetivo, pretende-se apresentar uma reflexão fundamentada pela estética da recepção acerca do que propicia o prazer na leitura e quais elementos determinam o papel do leitor implícito. Constrói-se, neste texto, a hipótese de que a estratégia do escritor em resgatar a cultura, pela apresentação de contos breves e cômicos, retirados do imaginário popular, tanto permite ao seu leitor contato com um texto atraente e lúdico, quanto lhe faculta a ampliação de conhecimentos e de conceitos prévios, por meio do emprego da memória. Norteia a análise dessa obra,a concepção de que a leitura literária pode atuar como fator de valoração da identidade do jovem leitor, pois por meio dela, ele é capaz de elevar sua autoestima, pois se reconhece como herdeiro de um patrimônio cultural, além de servir como instrumento de reflexão acerca de questões que inquietam e amedrontam a criança, como a morte. Justamente, por isso, o texto literário atua como instrumento de emancipação pessoal e de formação do leitor.

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