Abstract
Vários são os fenómenos aparentemente isolados que vêm apontar uma relação entre as políticas punitivas e/ou de controlo populacional dos Estados e a “criminalização” de determinados grupos sociais. No entanto, se tomarmos como referência a própria crise vivenciada pela União Europeia, é possível perceber-se uma ambiguidade em relação à imigração “extracomunitária” na Europa contemporânea que ora intercambia o discurso punitivo com um discurso de “integração” baseado em políticas multiculturais. A síndrome de Ulisses, modelo psiquiátrico cada vez mais popular nos Estados da U.E. para explicar a sintomatologia específica de imigrantes não-europeus, vem evidenciar as contradições desta relação. Tanto no campo da “saúde”, quanto da política carcerária, a U.E. prolonga-se potencialmente como um laboratório do “olhar colonial”, no qual o imigrante extracomunitário - principalmente o “ilegal” - vem sendo crescentemente compreendido como um ser que se contrapõe à noção de “modernidade”. A partir da correlação Estado/política de controlo de fronteiras pretende-se aqui revisitar este complexo contexto em perspectiva pós-colonial crítica.
Highlights
La geografia tradicional roba el espacio, como la economia imperial roba la riqueza, la historia oficial roba la memoria y la cultura formal roba la palabra
if we take as reference the very crisis experienced by the
possible to perceive an ambiguity with respect to non-European immigration
Summary
Resumo Vários são os fenómenos aparentemente isolados que vêm apontar uma relação entre as políticas punitivas e/ou de controlo populacional dos Estados e a “criminalização” de determinados grupos sociais. Se tomarmos como referência a própria crise vivenciada pela União Europeia, é possível perceber-se uma ambiguidade em relação à imigração “extracomunitária” na Europa contemporânea que ora intercambia o discurso punitivo com um discurso de “integração” baseado em políticas multiculturais. A síndrome de Ulisses, modelo psiquiátrico cada vez mais popular nos Estados da U.E. para explicar a sintomatologia específica de imigrantes não-europeus, vem evidenciar as contradições desta relação. Tanto no campo da “saúde”, quanto da política carcerária, a U.E
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