Abstract
Neste artigo, discutimos a mudanças na formação de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico em Portugal decorrentes das reformas impulsionadas pelo Processo de Bolonha. Por meio de uma abordagem hermenêutica, exploramos os resultados de entrevistas semiestruturadas realizadas com quatro diretores\coordenadoras de cursos de mestrado de universidades e de institutos politécnicos, a análise dos projetos pedagógicos e curriculares dos cursos e dos decretos que dispõem sobre o regime jurídico dos graus e diplomas do ensino superior e da formação de professores no país. Com auxílio de Martha Nussbaum, problematizamos o espaço do estudo em humanidades nos cursos. Concluímos que os gestores e os objetivos dos mestrados para habilitação profissional do 1º Ciclo do Ensino Básico em Portugal demonstram esforços isolados para promover e incentivar elementos humanísticos na formação docente, prevalecendo, entretanto, a formação profissional por meio competências.
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