Abstract

As cartas topográficas de semidetalhe e detalhe (escalas 1:50.000 e 1:10.000) não representam adequadamente a complexidade da rede de drenagem e das feições morfológicas de áreas cársticas. O presente trabalho avalia a extração automatizada de dolinas, feições morfológicas típicas do carste poligonal, a partir de modelos digitais de terreno gerados de pares estereoscópicos de fotografias aéreas na escala 1:25.000 e de dados do sensor SRTM (Shuttle Radar Topography Mission/NASA) com resolução de 30 e 90 m. A área de estudo corresponde aos planaltos cársticos do Vale do Rio Ribeira de Iguape, sul do Estado de São Paulo, que compreende remanescentes importantes da Mata Atlântica e rico patrimônio espeleológico. O modelo digital de terreno obtido a partir de fotografias aéreas foi gerado pelo programa Geomatica (Módulo Ortho-Engine), utilizando parâmetros de calibração interna de câmera e pontos de controle extraídos de cartas topográficas nas escalas 1:50.000 e 1:10.000 e de GPS (Sistema de Posicionamento Global). A extração automatizada das dolinas dos modelos derivados de fotografias aéreas e dos dados SRTM foi feita em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica). Baseado na análise morfométrica das dolinas, os resultados foram comparados com cartas topográficos nas escalas 1:10.000 e 1:50.000 e fotointerpretação convencional. Os modelos gerados com o programa Geomatica e SRTM de 30 m de resolução detectaram várias dolinas não representadas nas cartas topográficas e no modelo SRTM de 90 m de resolução. Desse modo, quanto maior a resolução do modelo, maior a sensibilidade do método para a extração de dolinas. Comparando-se os parâmetros de área e perímetro das dolinas, os valores obtidos pelo Geomatica ficaram muito próximos aos do fotointerpretado. A utilização dos diferentes modelos mostrou-se uma importante ferramenta, que pode auxiliar nos trabalhos de fotointerpretação convencional, principalmente em regiões onde inexistem informações cartográficas de detalhe.

Highlights

  • COMPARATIVE ANALYSIS OF AUTOMATED EXTRACTION OF DOLINES FROM DIGITAL TERRAIN MODELS

  • Automated extraction of dolines from the models generated from aerial photographs and SRTM data was made in a GIS (Geographic Information System) environment

  • The results were compared with topographical maps at 1:10,000 and 1:50,000 and with conventional photointerpretation

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Summary

INTRODUÇÃO

Nas regiões úmidas temperadas ou tropicais as dolinas podem, algumas vezes, ocupar todo o espaço disponível da superfície carbonática. No Brasil, estudos desenvolvidos por KARMANN (1994), FERRARI et al (1998) e HIRUMA et al (2007) apresentam mapeamentos e análises morfométricas do carste poligonal das faixas carbonáticas das bacias dos rios Ribeira de Iguape e Paranapanema. A complexidade da rede hidrográfica (presença de rios efêmeros e vales cegos) e das feições morfológicas de um carste poligonal (dolinas e sumidouros) (Figura 1) não é representada de forma adequada em cartas topográficas de semidetalhe (1:50.000) ou de detalhe (1:10.000), com exceção das dolinas de grandes dimensões e amplitudes altimétricas. O relevo sobre as rochas carbonáticas é caracterizado pela presença do carste poligonal; o escoamento superficial de caráter autóctone e alóctone é absorvido por sumidouros localizados, respectivamente, nos fundos de dolinas e vales cegos. O mapeamento de detalhe das feições cársticas de superfície é essencial para o melhor entendimento da dinâmica hidrológica dos sistemas cársticos e subsidia diretamente o planejamento do uso e ocupação do solo e a proteção de cavernas e dos recursos hídricos subterrâneos dessas áreas

MÉTODOS
RESULTADOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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