Abstract
Este trabalho tem por objetivo avaliar o efeito da incorporação de rejeito de minério de ferro na microestrutura de uma cerâmica argilosa. Foram preparadas formulações, com percentuais de rejeito de até 30% em peso, usadas na confecção de corpos-de-prova por prensagem uniaxial para queima nas temperaturas de 700, 900 e 1100ºC. A microestrutura da região de fratura das cerâmicas foi avaliada por microscopia eletrônica de varredura, difração de raios-X e porosimetria de mercúrio. Os resultados mostraram que a adição do rejeito à massa argilosa altera significativamente a microestrutura da cerâmica. Incorporações de até 10% em peso do rejeito são benéficas para a qualidade da cerâmica por meio da redução da porosidade aberta.
Highlights
O Brasil tem o segundo maior depósito de minério de ferro do mundo, sendo também um dos maiores exportadores [1]
Associados ao microscopia eletrônica de varredura (MEV), indicam que pequenas quantidades de rejeito atuam como um material de preenchimento na cerâmica, contribuindo para a redução da porosidade tanto durante a etapa de compactação quanto na queima, pois o rejeito apresenta uma perda de massa inferior à massa argilosa, conforme mostrado na Tabela 1
Incorporações em maiores quantidades possivelmente acarretam o aparecimento de defeitos críticos dificultando a sinterização das lamelas de aluminossilicatos tanto por fase líquida quanto por difusão no estado sólido
Summary
O Brasil tem o segundo maior depósito de minério de ferro do mundo, sendo também um dos maiores exportadores [1]. Entretanto, existe ainda um tipo de transporte através de dutos (mineroduto), onde o minério de ferro é misturado com água para formar uma polpa, facilitando o seu transporte. Em trabalho reportado na literatura [2], foi realizado um estudo que teve como objetivo caracterizar o rejeito em questão e avaliar sua influência nas propriedades físicas e mecânicas de uma típica massa de cerâmica vermelha. Sua granulometria é adequada para incorporação em cerâmica vermelha, apresentando 96% das partículas com diâmetro esférico equivalente abaixo de 2 Pm. Nas propriedades físicas e mecânicas avaliadas, verificou-se que não ocorreu alteração na retração linear da cerâmica com o rejeito incorporado nas temperaturas investigadas, 700, 900 e 1100oC. Com 10% de incorporação diminui a absorção, mas a resistência mecânica também se reduziu, embora ainda apresentasse valores satisfatórios em comparação com a cerâmica sem rejeito. O presente trabalho pretende dar continuidade às pesquisas com este tipo de rejeito, investigando as alterações microestruturais na cerâmica argilosa queimada em diferentes temperaturas
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