Abstract

Este artigo procura destacar algumas características do discurso racional em Thomas Hobbes. São analisadas as noções de prudência e ciência. O conhecimento racional repousará na possibilidade de construir, no discurso, um sinal – vox humana – que se sobreponha às marcas – notae – criadas pelos homens para excitar em nosso espírito um pensamento anterior. A seguir, são expostas as noções de proposição, nomes positivos e nomes negativos. Tais noções exibirão o determinismo hobbesiano, elemento determinante não apenas de sua philosophia prima, mas igualmente de sua teoria política.

Highlights

  • Resumo Este artigo procura destacar algumas características do discurso racional em Thomas Hobbes

  • Entretanto, o conhecimento de tais paixões não pode repousar no discernimento de seus efeitos – o que conduz muitos comentadores de Hobbes a atribuir-lhe a tese, no mínimo parcial, do egoísmo racional, uma vez que, visto do ponto de vista das conseqüências, existe uma incomensurabilidade radical acerca daquilo que os indivíduos julgam ser um bem para si.Ao contrário, as paixões, para Hobbes, não podem ser conhecidas senão pelas causas – o que é o caso, aliás, para todo conhecimento.As causas das paixões encontram-se, segundo nosso autor, na sensação e na imaginação que são objeto de uma explicação mais geral acerca dos fenômenos da natureza, objeto de sua philosophia prima

  • Conseqüentemente, o raciocínio é concebido como compreendendo as operações do espírito pelas quais este adiciona/compõe um todo a partir de suas partes ou subtrai/resolve um todo em suas partes.A incidência do cálculo se estende, assim, a tudo o que pode ser resolvido ou composto:“Estas operações não são características apenas dos números, mas também de toda a espécie de coisas que podem ser somadas juntas e tiradas umas das outras.” (HOBBES, 1983, p. 27)

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Summary

A imposição dos nomes e as definições

Conhecer a diversidade dos movimentos pelos quais os acidentes ocorrem é, segundo Hobbes, conhecer as causas dos fantasmas, dos semblantes. Se a razão não dispõe senão de fantasmas produzidos na sensação, então a única possibilidade de fundar um conhecimento causal marcado pela necessidade e universalidade repousará na possibilidade de construir, no discurso, um sinal artificial que se sobreponha às marcas criadas pelos homens para excitar em nosso espírito um pensamento anterior. É preciso criar um artifício lingüístico destinado a significar não apenas cada um dos indivíduos, mas também o universal, concebido por Hobbes como o nome de cada uma das coisas às quais eles são comuns:. Os nomes coletivos – as denominações universais como Hobbes as denomina, são artifícios humanos destinados a trazer ao espírito uma pluralidade de coisas reunidas por semelhança ou acidentes comuns. É necessário determinar agora de que modo a razão produz esses artifícios responsáveis pela construção de um discurso causal, fundamento da ciência

O raciocínio como cálculo
II.1.1. Os nomes comuns e os nomes próprios
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