Abstract
Muitas Instituições de Ensino Superior vêm adotando o Moodle como apoio ao ensino presencial tendo como referência as práticas pedagógicas da Educação a Distância (EaD). Contudo, como as condições da EaD diferem das do ensino presencial, os modos de apropriação da inovação também divergem. Para conhecer as condições e em que medida ocorre o processo de adoção do Moodle foi realizado um estudo de caso longitudinal de cinco anos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A pesquisa contou com variados instrumentos (questionários, entrevistas, observação de disciplinas e análise de relatórios institucionais). Mesclando preceitos e metodologias das teorias ator-rede e difusão de inovações conseguiu-se ampliar a visão dos caminhos percorridos pelos actantes e chegar à conclusão que o Moodle vem sendo usado pelos professores adotantes. No entanto, a grande maioria não usa os seus recursos para estender as aprendizagens da sala de aula para antes, durante e depois do encontro presencial.
Highlights
Many Higher Education Institutions have been adopting Moodle as a support for face-to-face teaching with reference to the pedagogical practices of Distance Education (DE)
possible to broaden the vision of the paths traveled by the actants
reach conclusions that Moodle is being used by the teachers who adopted the platform
Summary
A Actor-Network Theory (ANT), de Latour (2012) possibilita pesquisar “objetos” na perspectiva de redes, observando seus fluxos e sua dinâmica de construção e desconstrução. A partir destas duas visões, observou-se os fluxos construídos na instituição UFSC pelos professores para a adoção do Moodle em suas práticas pedagógicas, buscando identificar mediadores, intermediários, porta-vozes, e, também, os inovadores, adotantes precoces e retardatários. Os dados de utilização são insuficientes para se entender o modo como vem sendo adotado, ou seja, quais práticas pedagógicas o Moodle tem 6 estimulado e quais trilhas foram seguidas pelos professores em seus processos de adoção da inovação. Trabalhando nesta perspectiva, foram criadas categorias de análise dos actantes para definir alguns agrupamentos (seguindo a orientação de Latour: o segredo é definir o ator com base naquilo que ele faz – seus desempenhos) e poder comparar as ações dos grupos, verificar semelhanças e diferenças entre eles, ou seja, as controvérsiasii. Se olhar-se para esta configuração pela perspectiva da TAR vê-se estes dois grupos como intermediários (os que transportam significados sem transformá-los, que são influenciados por mediadores), que desempenham papel atuante para recrutar aliados, por meio de traduções que influenciam as decisões e coexistem na busca de informações
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