Abstract

O propósito central deste trabalho é compreender o caminho da crítica feita por Levinas à ontologia, bem como o modo como a filosofia levinasiana supera a ontologia por meio da ética. O eixo norteador deste estudo foi a obra Totalidade e Infinito (2019), porém, quando necessário, fizemos alusão às outras obras de Levinas e a de seus comentadores. Este trabalho objetiva mostrar como a filosofia levinasiana constata a inclinação da ontologia em reduzir o outro ao mesmo. Esse movimento de pensar o outro, sempre no registro do mesmo, formata o que Levinas conceitua como totalidade. Desde a filosofia clássica, com os primeiros filósofos, até a contemporaneidade, o outro foi pensado sob o prisma do primado ontológico. Nesse sentido, Levinas propõe pensar o outro fora do arranjo da totalidade e da compreensão do mesmo; para tanto, propõe a ética antes da ontologia, e o outro antes do mesmo. Para Emmanuel Levinas, a saída da ontologia, em direção à ética como filosofia primeira, só é possível por meio do infinito expresso no rosto do outro. É na pura expressão do rosto do outro que acontece a ruptura com a totalidade. É no rosto do outro, a partir da ideia de infinito, que o mesmo é convocado à responsabilidade ética, pela alteridade do outro.

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