Abstract

Este trabalho pretende discutir a pertinência de uma ética natural complexa para o campo da saúde, em particular em saúde pública, escapando das principais disjunções herdadas da tradição moderna, tais como sujeito/objeto, público/privado, valor em si/valor por si. Considera-se, portanto, as contribuições trazidas pela epistemologia da complexidade que, ao conceber a constelação conceituai do vínculo e da possibilidade - que se delineia entre 'primeira natureza' (bioecológica) e 'segunda natureza' (sócio-cultural) nos humanos -, permite o diálogo entre os dois princípios fundamentais que norteiam os debates em bioética: o Princípio da Sacralidade da Vida e o Princípio da Qualidade da Vida. A ética natural considera tais princípios como sendo co-necessários para uma ética do nosso tempo, dividido entre o inevitável politeísmo de valores e normas decorrente da secularização do mundo tardomodemo - caracterizado pela tolerância e o pluralismo - e os necessários fundamentos para este tipo de 'sociedade aberta', que não podem se reduzir ao mero ceticismo epistemológico do vale tudo (anything goes) nem ao ceticismo moral corrosivo da lei do mais forte e do seu corolário da ética do salve-se-quem-puder (lifeboat ethics).

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