Abstract

Durante praticamente todo o período colonial, a capitania do Ceará se configurou, usando o termo de Manuel Coelho Albuquerque, como uma “seara indígena”, ou seja, um espaço onde o poder administrativo da coroa portuguesa chegava de forma fraca e que era povoado, majoritariamente, tanto por povos que lá encontravam refúgio ou por índios nativos.Porém, o enrijecimento das políticas populacionais do final do século XVIII e início do XIX transformaram aquela região num lugar cada vez mais disciplinado e monitorado, ou num “nãolugar” para os indígenas que lá habitavam, antigos donos do Ceará. Mas observando que, mesmo inseridos nesta nova realidade, os índios não agiram pacificamente diante destas ações governamentais, este artigo pretende analisar, de forma geral, as diversas maneiras pelas quais os nativos reinventaram seus cotidianos neste velho “confim” do império de Portugal.

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