Abstract

Resumo Partimos do pressuposto que o relato autobiográfico E se eu fosse puta, de Amara Moira, colabora para a compreensão da estrutura social enquanto espacialidade em constante processo de opressão e resistência. Por meio de atuação literária politicamente engajada, Amara Moira tece relatos autobiográficos que referenciam coletividades historicamente segregadas, reivindicando legitimidade literária e social. Acreditamos que notabilizar representações do urbano presente nas escritas de si permite ordenar representações íntimas da metrópole, possibilitando entender, sob uma ótica socialmente demarcada, a constituição simbólica e cultural dos espaços. A metrópole, assim, efetiva-se enquanto campo que evidencia contradições sociais pungentes, de modo que sua análise e reflexão possibilitam apreender notáveis configurações sociais. Nesse entendimento, ao estabelecer relações entre espaço biográfico e espaço urbano, são ressaltadas perspectivas a contrapelo, pois compreendemos o fenômeno literário em suas implicações sociais e políticas, propondo enfocar a obra de Amara Moira enquanto elemento que, ao defender a democratização dos espaços, privilegia o diálogo com alteridades sexualmente dissidentes.

Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.