Abstract
Espinosa distingue duas ordens de conhecimento: uma ordem concebida pelo intelecto, isto é, a ordem necessária da natureza e uma outra ordem, concebida pela imaginação, isto é, a ordem comum da natureza, na qual habitam o contingente e o possível. Entretanto, a ordem comum não é apenas uma privação de conhecimento, mas também realidade para o modo finito. Pelo fato de não podermos excluir a existência da ordem comum, este trabalho tenta compreender como podemos conciliá-la com a ordem necessária. A crítica de Espinosa em relação à imaginação é que ela introduz a fragmentação e a descontinuidade na Natureza, já que é um gênero de conhecimento que não percebe a base desta continuidade: a ordem necessária. Através de uma análise sobre o tempo como um produto da imaginação, tentaremos mostrar como ele introduz a ideia de contingência e consequentemente a de possível. Da mesma maneira que o tempo, a ordem comum pode ser apreendida pela razão como uma moldura exterior, ela não será mais um obstáculo ao encadeamento necessário das coisas na ordem necessária. É através da ordem necessária que podemos perceber a necessidade que subjaz a produção do tempo, do possível e da contingência como corruptibilidade de todas as coisas particulares.
Highlights
Spinoza distinguishes two orders of knowledge: an order conceived by the intellect, i.e., the necessary order of nature, and another order, conceived by the imagination, i.e., the common order of nature in which the contingent and the possible dwell
Since we cannot exclude the existence of the common order, this paper attempts to understand how we can reconcile it with the necessary order
Spinoza’s critique of imagination is that it introduces fragmentation and discontinuity into nature, since it is a kind of knowledge that does not realize the basis of this continuity: the necessary order.Through an analysis of time as a product of imagination, we will try to show how it introduces the idea of contingency and, that of the possible
Summary
Pelo fato de não podermos excluir a existência da ordem comum, este trabalho tenta compreender como podemos conciliá-la com a ordem necessária.A crítica de Espinosa em relação à imaginação é que ela introduz a fragmentação e a descontinuidade na Natureza, já que é um gênero de conhecimento que não percebe a base desta continuidade: a ordem necessária.Através de uma análise sobre o tempo como um produto da imaginação, tentaremos mostrar como ele introduz a ideia de contingência e consequentemente a de possível.
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