Abstract
Este artigo discute as manifestações sobre papéis de gênero e de sexualidade de meninos/as de cinco/seis anos de uma escola de Educação Infantil a partir de análise e discussão de cenas do filme Homem Aranha. Embora tal artefato seja o preferido dos meninos da turma, tal texto cultural, aqui concebido enquanto pedagogia cultural, dita modelos de conduta para meninos e meninas. Na fala dos meninos, ficou evidente o quanto internalizaram do que se apregoa como comportamento socialmente colocado como adequado aos homens: a valentia, a imposição da vontade a qualquer custo, a condição da mulher enquanto necessitada da proteção masculina, entre outros que definem a masculinidade hegemônica. A professora da turma reconhece ser necessária formação para instrumentalizar o corpo docente a tratar da temática sexualidade e que, por não saber como lidar com algumas situações que ocorrem, acaba por agir por instinto. Constata-se que a escola, devido ao despreparo dos/as professores/as, muitas vezes, atua de modo a reforçar alguns estereótipos. Utilizou-se, neste trabalho, as contribuições dos Estudos Feministas e dos Estudos Culturais numa perspectiva pósestruturalista de análise.
Highlights
Resumo: Este artigo discute as manifestações sobre papéis de gênero e de sexualidade de meninos/as de cinco/seis anos de uma escola de Educação Infantil a partir de análise e discussão de cenas do filme Homem Aranha
2.1 A criança e a mídia As crianças, cada vez mais cedo, têm tido acesso à chamada mídia de massa
No currículo da cultura infantil, especialmente nos textos midiáticos – como aqui evidenciado nas cenas do filme Homem Aranha - os meninos são incitados, de diferentes maneiras, a terem as condutas patriarcais que lhes foram designadas por herança histórica a fim de demarcarem a realidade e obterem o máximo do privilégio de sua dominação sobre seus subordinados
Summary
2.1 A criança e a mídia As crianças, cada vez mais cedo, têm tido acesso à chamada mídia de massa. É imprescindível analisar o modo como os diferentes públicos interagem com tais recursos e quais construções simbólicas podem ser frutos dessa relação, especialmente nas crianças. Kellner (2001) evidencia que existe uma cultura veiculada pela mídia, cujos sons, imagens e espetáculos ajudam a enredar o tecido do cotidiano, governando o tempo de lazer, esculpindo opiniões políticas e comportamentos sociais e, assim, fornecendo material com que as pessoas forjam suas identidades. Muito embora tenhamos avançado com discussões e ressignificações acerca da vivência do prazer, existem alguns aspectos que merecem ainda nossa atenção. Diferentes manifestações, acerca dessa temática, ocorrem por meio de instituições como a mídia. A excitação e outras formas eróticas sejam vieses da sexualidade presentes na mídia, de forma mais ou menos explícita, estas não são as únicas. Algumas manifestações são bem mais sutis e dirigidas aos variados públicos, que com ela, de alguma forma, interagem. Estão as crianças e, entre os diferentes aspectos, estão questões ligadas aos estereótipos de feminilidades e masculinidades, às questões de gênero
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