Abstract

O trabalho objetiva mostrar como as expressões de ódio contidas nos enunciados proferidos nas manifestações contra o governo de Cristina Kirchner e de Dilma Rousseff, conhecidos como “Cacerolazos” (2012-2014) e “Panelaços” (2015-2016) representam e extremam o processo da construção desse sentimento. O corpus do trabalho é constituído por cartazes e depoimentos espontâneos dos participantes de ambas as manifestações, que serão analisados mediante comparações dos enunciados e apontamento das regularidades temáticas, discursivas e semióticas empregadas para expressar descortesia nos respectivos eventos políticos. O uso do sentimento do ódio como recurso discursivo ultimamente parece ter sido utilizado em vários países como ferramenta política e, por tal razão, o estudo desse fenômeno se justifica na tentativa de poder compreendermos as semelhanças e as diferenças de seu funcionamento. Na fundamentação teórica, usaremos os conceitos de descortesia por fustigação e de autonomia exacerbada dados por Marlangeon (2005), e a polarização ideológica “nós” x “eles” descrita por Van Dijk (2005). Veremos ainda como discursos símiles, por vezes especulares, foram realizados como expressão reativa a situações sociais nos dois países, mesmo que eles tenham formações sócio-históricas distintas, para finalmente, nas considerações finais, enfatizarmos o modo como a polarização foi construída.

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